Um memorando do Departamento do Interior dos Estados Unidos circulou com a proposta de eliminar as restrições sobre estudos sísmicos exploratórios no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico (Arctic National Wildlife Refuge). O furo é do jornal The New York Times. O ato está sendo considerado como um primeiro passo para abrir a área protegida para a perfuração de petróleo e gás. Uma batalha entre a administração Trump e grupos ambientais já começa a ser travada.
O memorando propõe o fim da restrição que limita a exploração de petróleo. O documento, também, orienta a agência a fornecer uma avaliação ambiental e uma proposta que permita novos planos de exploração.
O Departamento do Interior dos Estados Unidos é responsável pela administração e preservação de terras e recursos naturais pertencentes ao governo federal.
Criado em 1960, o Refúgio do Ártico, localizado no estado do Alasca, está fechado para perfuração comercial há décadas, devido às preocupações sobre o impacto nos ursos polares, renas e outros animais da região. A abertura dessa área para a perfuração está entre as principais prioridades dos republicanos, afirma o jornal.
Ativistas em defesa do meio ambiente afirmam que até mesmo testes sísmicos tridimensionais mais avançados podem causar danos à tundra — bioma típico do Alasca — e ao pergelissolo, um tipo de solo encontrado no Ártico constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados.
O Congresso dos Estados Unidos tem a palavra final sobre a permissão de novas perfurações no Refúgio. A porta-voz do Departamento do Interior, Heather Swift, recusou-se a comentar a respeito do memorando.
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