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Clima pesado
Pelo que se tem lido na imprensa daqui e lá de fora, a impressão é que não existem mais climatologistas que discordem sobre a intensificação do fenômeno do aquecimento global e muito menos do conceito que ele está sendo fabricado pela atividade humana. Pela reportagem publicada hoje no The Wall Street Journal, não é bem assim. É verdade que a maioria dos climatologistas aderiu à teoria do efeito estufa e suas consequências catastróficas para o meio ambiente. Mas há ainda quem discorde disso, entre eles um dos decanos da climatologia no mundo, William Gray, reconhecido como uma das maiores autoridades em furacões. É ele quem vem liderando a resistência às teses do aquecimento global. Infelizmente, em termos nada científicos. Em seu site na internet, tem dito que a crença de que o aquecimento do Atlântico no Equador além de ser provocado pelo homem contribui para aumentar a intensidade dos furacões é uma idiotice. Chama seus defensores de idiota. Em troca, eles tem se referido ao cérebro de Gray como fossilizado. A briga assumiu contornos tão pessoais que a Sociedade Americana de Climatologia resolveu cancelar a mesa-redonda onde as relações entre calor e força dos furacões seriam discutidas. Nela, além de Gray, estaria Greg Holland, seu ex-aluno e hoje um de seus principais desafetos. Holland dirige o serviço de previsão de tempestades do Serviço de Metereologia dos Estados Unidos.