Baseada no ranking de qualidade de vida da consultoria Mercer Human Resource, a revista Forbes publicou uma matéria sobre as cidades mais sujas do mundo. Nova York, com índice 100, foi a base da comparação. Abaixo, uma lista das 25 piores. Quanto menor o número-índice à direita, mais problemática. A campeã foi Baku, a capital do Azerbaijão, com índice 27,6. Em seguida vieram Daca, Bangladesh, e Antananarivo, Madagáscar, completando o pódio espúrio.
Entre os maiores perigos, o texto chama atenção para o perigo da poluição do ar, que costuma ser a principal fonte de intoxicação por chumbo. A maior parte da poluição que suja essas cidades é barata de limpar e tem alto retorno. Por exemplo, cada dólar investido em saneamento tem retorno de nove dólares em economia com custos de saúde e aumento de produtividade no trabalho.
Seria possível argumentar que a indesejada posição de Baku é consequência da atividade de extração e embarque de petróleo, principal setor da economia local. O problema é que, nesse ranking, Calgary (com índice de 131,7), Canadá, foi considerada a cidade mais limpa do mundo, e ela também é famosa por sua indústria de petróleo. O ponto comum talvez seja outro. Com a exceção de Cidade do México e Moscou, que ficam em economias consideradas emergentes, a característica comum a todas as outras cidades é a extrema pobreza.
- Baku, Azerbaijão (27,6)
- Daca, Bangladesh (29,6)
- Antananarivo, Madagáscar (30,1)
- Port au Prince, Haiti (34)
- Cidade do México, México (37,7)
- Addis Ababa, Etiópia (37,9)
- Mumbai, Índia (38,2)
- Bagdá, Iraque (39)
- Almaty, Cazaquistão (39,1)
- Brazzaville, Congo (39,1)
- Ndjamena, Chad (39,7)
- Dar es Salaam, Tanzânia (40,4)
- Bangui, República Centro-Africana (42,1)
- Moscou, Rússia (43,4)
- Ouagadougou, Burkina Faso (43,4)
- Bamako, Mali (43,7)
- Point Noire, Congo (43,8)
- Lome, Togo (44,1)
- Conacri, Guiné (44,2)
- Nouakchott, Mauritânia (44,7)
- Niamey, Niger (45)
- Luanda, Angola (45,2)
- Maputo, Moçambique (46,3)
- Nova Délhi, Índia (46,6)
- Port Harcourt, Nigéria (46,8)
Leia também
“Brasil não pode ser petroestado e líder climático ao mesmo tempo”, alerta Suely Araújo
Em meio às discussões da COP 30, ex-presidente do Ibama critica a expansão petrolífera e aponta riscos da exploração na Foz do Amazonas →
“O poder da juventude está em aproximar realidades cotidianas dos espaços de decisão”
Cientista ambiental da Rede Favela Sustentável avalia papel do jovem no enfrentamento da crise climática, tema-foco do IV Fórum Terra 2030 →
Onda de apoio a Marina Silva após ataques sofridos no Senado une ministras, governadoras e sociedade civil
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima foi alvo de violência política e de gênero durante audiência de comissão →