Os EUA consomem 90 bilhões de sacolas plásticas por ano. Há três anos, São Francisco, na Califórnia, foi a primeira cidade do país a banir o uso de sacolas de plástico em supermercados e lojas de conveniência. Outras cidades da região, como Palo Alto e Oakland, fizeram o mesmo.
Mas ao invés de incentivar o uso de sacolas de tecido reutilizáveis, a lei induziu o plástico a ser substituído por papel, que por ser reciclável não foi proibido. Os críticos acusaram que a troca foi inócua, já que o consumo de água, corte de árvores e custos de transporte na produção das sacolas de papel podem ter impactos ambientais ainda piores. Em Oakland, grupos ligados a indústria de sacolas de plástico recorreram contra a lei e ganharam, baseados no argumento de que a proibição das mesmas não considerou o impacto ambiental da sua substituição por papel.
O Rio de Janeiro está prestes a implementar uma regulação semelhante, aprovada em julho de 2009. Em dois meses, os estabelecimentos de grande porte terão que substituir as sacolas de plástico e já estão se mobilizando para ganhar tempo e entrar com recursos contra a nova lei. Aqui também o papel não foi proibido.
Ao invés de proibir determinados tipos de sacolas, a solução mais eficaz seria taxá-las. Assim, para economizar, os consumidores seriam naturalmente induzidos a usar a alternativa de pano e os legisladores não precisariam escrever uma lei com muitos detalhes. Esse arranjo está ganhando defensores nos EUA. Deveríamos acompanhar a discussão por lá, para encurtar o caminho aqui.
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