
O comunicado “Pescadores e vendedores de peixe comemoram fartura do pescado na Região Tocantina” foi distribuído por email a jornalistas após a reportagem veiculada em ((o)) eco que mostrou, no final do mês de abril, os impactos ambientais e sociais causados pela mortandade de peixes na zona de influência da hidrelétrica.
Durante duas semanas a reportagem do ((o))eco , que esteve em Estreito e conversou com os pescadores, tentou sem sucesso obter esclarecimentos com a Clara Comunicações sobre os problemas denunciados pela Colônia de Pescadores de Estreito, entre eles, a morte de quase 35 toneladas de peixes– a maioria jaú.
Até o fechamento da reportagem, a assessoria justificou que fortes chuvas que ocorriam na região haviam deixado o escritório sem estrutura de comunicação. Já se passaram mais de 20 dias e nenhum retorno foi dado pela Clara Comunicações.
Release
No release divulgado pela empresa, a autora Francília Cutrim cita o comerciante Francisco (Frank) Linhares da Silva como um dos contentes com o aumento na venda de pescado. Leia abaixo trecho do comunicado
“Frank comenta que seu principal fornecedor é a Colônia de Pescadores de Estreito. ‘Com eles compro surubim, jaú, barbado, filhote, cachorra. Todos frescos, de boa qualidade e pescados no Rio Tocantins’ […] O empreendedor acrescenta que a “barragem” – como se refere à Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito) – trouxe muito movimento para o setor. ‘Só para se ter uma ideia, antes os pontos de venda de pescado na feira viviam vazios. Hoje estão todos ocupados e vendendo bem’.
O pescador Raimundo Lima é associado há mais de 14 anos na Colônia de Pescadores de Estreito e diz estranhar o comentário de que não se pesca mais no Rio Tocantins. ‘O rio continua dando peixe. Antes, era difícil pegar o jaú, o filhote, e hoje já se vê esses peixes pendurados no mercado e em bom tamanho e bonitos. Então, eu acredito que o peixe pra nós vai aumentar mais”, comenta ao se referir à quantidade e qualidade do pescado’.
{iarelatednews articleid=”22249,24931″}
Leia também
Quase a metade dos ambientes aquáticos do mundo está gravemente contaminada por lixo
Estudo de pesquisadores da Unifesp sintetizou dados de 6.049 registros de contaminação em todos os continentes ao longo da última década →
Como as canoas havaianas podem ser aliadas à pesquisa sobre microplásticos?
Pesquisadores da UFC desenvolveram uma nova metodologia capaz de captar dados relacionados a microplásticos com baixo custo e sem emissão de CO₂ →
Macaco-aranha-da-cara-branca é destaque de pesquisa e turismo no Cristalino
Retomada do monitoramento do macaco na RPPN Cristalino revela novas informações e ajuda a promover turismo e Rota dos Primatas de Mato Grosso →




