Unidades de conservação importantes da Floresta Amazônica encontram-se ameaçadas pelo avanço do desmatamento em Rondônia, estado que registrou maior degradação ambiental no mês de setembro de 2013. Relatório divulgado nesta semana pelo instituto de pesquisa Imazon aponta que a derrubada de matas segue em ritmo acelerado no estado e que entre as áreas degradadas estão reservas com áreas de proteção especial. Das 10 unidades de conservação mais desmatadas de toda a Amazônia no último mês, sete estão em Rondônia, conforme é possível visualizar no infográfico abaixo – clique nas bolas vermelhas para ver a dimensão das áreas de conservação destruídas no período.
Em um contexto de queda de 76% no desmatamento geral da Amazônia Legal em comparação com o mesmo período em 2012, Rondônia também fica na frente no ranking de municípios com mais desmatamento. Quatro dos dez que tiveram maior área desmatada são do estado, com Nova Mamoré (RO) e Porto Velho (RO) no topo da lista, seguidos por Manicoré (AM), município que se tornou principal pólo de devastação do Amazonas.
A derrubada de florestas na Amazônia está diretamente relacionada ao avanço de pecuária, setor que tem recebido amplo apoio governamental e financiamentos públicos. Na mesma semana em que o Imazon anunciou os dados sobre desmatamento que apontam uma situação preocupante no estado, o governo anunciou parceria com o Banco do Brasil para financiamentos milionários de projetos de agricultura e pecuária (classificando o estado como “nova fronteira agrícola” do país), e o governador Confúcio Moura (PMDB) participou da abertura da 34ª edição da Expopib, Exposição Agrotecnológica de Pimenta Bueno (RO). No evento, ele anunciou a abertura e recuperação de estradas, e a reforma e ampliação de uma usina de calcário para atender “desde o pequeno produtor ao grande pecuarista”.
Governador Confúcio Moura participou de exposição de agropecuária. Foto:Assessoria Expopib
A devastação em Rondônia e a substituição da floresta por pastos e lavouras nas últimas duas décadas é visível por satélite e preocupa ambientalistas em todo o planeta. No ano passado, a Agência Espacial Europeia apresentou animação com imagens aéreas mostrando 24 anos da evolução do desmatamento no estado.
Leia também:
O desmatamento em Rondônia visto do espaço
Líder indígena sofre ameaças de morte em Rondônia
Terras Indígenas demarcadas ajudam a frear desmatamento
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/26265111-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Desmatamento no Cerrado cai no 1º semestre, mas ainda não é possível afirmar tendência
Queda foi de 29% em comparação com mesmo período do ano passado. Somente resultados de junho a outubro, no entanto, indicarão redução de fato, diz IPAM →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/15035560-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Unesco reconhece Parna dos Lençóis Maranhenses como Patrimônio da Humanidade
Beleza cênica e fato de os Lençóis Maranhenses serem um fenômeno natural único no mundo levaram organização a conceder o título →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/unnamed.png?resize=600%2C400&ssl=1)
Dez onças são monitoradas na Serra do Mar paranaense
Nove adultos e um filhote estão sendo acompanhados pelo Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar. Primeiro registro ocorreu em 2018 →