O conselho diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do estado do Rio de Janeiro decidiu multar a Transpetro em 50 milhões pelo derramamento de óleo na Baía da Ilha Grande. O montante reflete a suspeita do órgão de que a Transpetro omitiu a gravidade do derramamento, ocorrido na segunda-feira (16) durante transferência de carga entre navios no pier do Terminal Marítimo Maximiliano da Fonseca (Tebig), da Transpetro, em Angra dos Reis. Na terça, o órgão havia fixado a multa em 2,38 milhões de reais. A empresa nega ter retido a informação.
Na ocasião, foram derramados 560 litros de óleo no local, de acordo com estimativa feita na primeira vistoria. A mancha chegou a tingir de preto o costão rochoso próximo ao terminal, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Tamoios, unidade de conservação estadual.
Porém uma segunda vistoria feita nesta quarta-feira mostrou que a extensão da mancha é muito maior, “o que leva a crer que a empresa omitiu informações ao Inea”, afirma a nota do órgão ambiental.
((o))eco entrou em contato com a assessoria de imprensa da Transpetro, que informou através de nota que não houve omissão de informação ao órgão ambiental pois “a apuração ainda não foi concluída”.
Ainda de acordo com o comunicado, a empresa já iniciou as ações de combate ao dano: 18 embarcações próprias e quatro alugadas foram destacadas para ajudar na operação de limpeza da área. O Serviço de Operações de Emergência (Sopea) do INEA também está acompanhando as ações de contenção e recolhimento do óleo.
Leia Também
Multada empresa que derramou óleo no Rio Negro
Baía de Guanabara: vazamento da Petrobras completa 14 anos
“Flaring”, prática das petroleiras que polui e desperdiça
Leia também

Carne é responsável por 86% da pegada de carbono na dieta dos brasileiros
Pesquisa estima que consumo de carne também responda por 77% da poluição de corpos d'água associados à produção de alimentos e por 26% do uso da água →

PV questiona legalidade da norma que permite venda de ouro sem checagem
Dispositivo da lei de 2013 permite compra de ouro baseado na “boa-fé” dos vendedores. Partido questiona constitucionalidade da lei no Supremo →

Quem quer ver um cavalo-marinho?
Apesar da sua grande popularidade, ainda existem diversas incógnitas sobre a evolução, história de vida, morfologia e biodiversidade, pois são animais que não recebem tanta atenção →