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Nos EUA, governo incentiva pescadores a mapearem espécies em risco

Agência americana que maneja a vida selvagem fez uma parceria com empresa que produz aplicativo popular entre pescadores para monitorar avistamentos.

Eduardo Pegurier ·
6 de agosto de 2015 · 9 anos atrás
Tartaruga-aligator ([i]Macrochelys temminckii[/i]). Foto:
Tartaruga-aligator ([i]Macrochelys temminckii[/i]). Foto:
“O primeiro passo em direção a conservação é sempre educar e engajar, e nós estamos entusiasmados em trabalhar com a FishBrain para nos ajudar a alcançar uma nova audiência”, disse Gary Frazer, diretor da U.S. Fish and Wildlife Service, agência do governo americano que faz manejo da vida selvagem. A declaração diz respeito à parceria com a empresa responsável pela FishBrain, a mais popular rede social e aplicativo de pescadores.

O aplicativo de celular e tablet passará a ter uma nova função para registrar avistamentos de 50 espécies de peixe e de outros tipos de animais consideradas em risco. Espera-se que a consolidação de dados enviados por pescadores facilite a vida de acadêmicos e daqueles envolvidos com políticas de conservação. As informações ajudarão a entender onde os peixes dessa lista são mais encontrados, o tipo de habitat que necessitam e as razões para os seus declínios.

A lista foi produzida com base na chance de avistamento por pescadores. Entre as espécies estão peixes, pássaros, répteis e até mamíferos. Entre eles, o esturjão-de-focinho-curto (Acipenser brevirostrum), a ave Grou-americano (Grus americana), a rã Rana Draytonii e o cervo Odocoileus virginianus leucurus. A lista completa das espécies do programa está aqui.

“Pescadores experimentam e apreciam o mundo natural no seu dia a dia”, disse Johan Attby, presidente da FishBrain. “Poder canalizar esse interesse em algo tão construtivo e útil como coletar dados é uma oportunidade muito especial”.

 

*Com informações do U.S. Fish and Wildlife Service

 

 

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  • Eduardo Pegurier

    Mestre em Economia, é professor da PUC-Rio e conselheiro de ((o))eco. Faz fé que podemos ser prósperos, justos e proteger a biodiversidade.

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