O jornal inglês Independent publicou hoje um artigo anunciando a constatação de pesquisadores sobre o rápido aumento da concentração de metano na atmosfera nos últimos três anos (2007, 2008 e 2009). O gás é considerado muito mais perigoso do que o dióxido de carbono (CO2) no processo de aquecimento global porque é capaz de reter bem mais o calor do sol, apesar de se acreditar que ele suma rapidamente na atmosfera, ao se quebrar. Agora, uma das maiores preocupações gira entorno das imensas quantidades de metano presas na região ártica em forma de tundra congelada, que estão sendo liberadas na medida em que a zona bate recordes de derretimento em função do aumento de calor.
É como um ciclo vicioso, em que mais calor provoca mais derretimento, e, com isso uma maior liberação de metano. Como consequência, ainda mais aquecimento. Cientistas dos maiores centros de pesquisas climáticas do mundo acreditam que este fenômeno aconteceu no final da última era glacial, que se encerrou em questão de décadas.
Além da liberação do gás pelo derretimento do gelo nas altas latitudes, o gás metano é emitido através da decomposição orgânica, na produção de combustíveis, na agricultura, na pecuária. Os níveis globais de metano na atmosfera estão na casa de 1.790 partes por bilhão (ppb). Em 1984, quando as medições começaram, estavam em 1.630ppb e vêm subindo desde então.
Leia também
Em reunião com representes indígenas, Lula anuncia força-tarefa por demarcações
Grupo será composto por 6 órgãos, sob coordenação do Ministério dos Povos Indígenas; participantes do Acampamento Terra Livre fizeram passeata até a Praça dos Três Poderes →
Levantamento mapeia áreas de impacto das eólicas offshore nas comunidades pesqueiras no RN
Cartografia Social do Mar alerta para o potencial impacto das eólicas no mar em áreas ocupadas por comunidades tradicionais e revela como projetos de energia podem prejudicar o ecossistema marinho →
Brasil registra o maior número de conflitos no campo desde 1985, diz CPT
Segundo os dados da Comissão Pastoral da Terra, país teve 2.203 conflitos em 2023, batendo recorde de 2020; 950 mil pessoas foram afetadas, com 31 assassinatos →