Reportagens

Empresa quer perfurar monumento natural para construir passarela de vidro

Principal cartão postal de Atibaia (SP), Pedra Grande corre o risco de ser descaracterizada por construção de estrutura suspensa. Monumento natural estadual está inserido em área tombada

Michael Esquer ·
14 de julho de 2023

Principal cartão postal de Atibaia, em São Paulo, a Pedra Grande pode não mais ser conhecida como já foi um dia. Com seus mais de 1,4 mil metros de altitude, o afloramento rochoso que surgiu há mais de 600 milhões de anos – na era pré-cambriana – corre o risco de ser descaracterizado para dar lugar à construção de uma passarela de vidro suspensa, chamada Sky Bridge

“O projeto prevê a construção de estruturas artificiais sobre uma maravilha natural para se observar a vista, algo que a própria estrutura natural da Pedra permite com excelência em sua vasta cumeeira”, diz o pesquisador André Svartman, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), que é ciclista e um dos vários moradores da cidade que semanalmente fazem trilhas até a laje da Pedra Grande. 

O projeto, de iniciativa privada, foi enaltecido pela prefeitura de Atibaia, mesmo ainda em fase preliminar. “Além de oferecer uma experiência única para quem visitar, a atração também visa fortalecer o turismo e a economia de Atibaia”, disse o executivo municipal, em peça publicada nas redes sociais na última semana. Questionado por ((o))eco, a prefeitura disse que o vídeo teve apenas o objetivo de informar a população sobre sondagem feita pelo empreendimento, e esclareceu que não investe nem financia o projeto. 

“Atualmente, todos os licenciamentos estão sendo analisados pelos órgãos estaduais e não há qualquer processo em tramitação na Prefeitura de Atibaia”, diz nota do executivo, que, segundo sua interpretação do projeto, entende que a “visão do principal cartão postal da cidade não será prejudicada” com o empreendimento.

Por tratar-se do principal atrativo do Monumento Natural (MoNa) Estadual de nome homônimo e integrar área tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), a possibilidade de descaracterização da Pedra Grande tem gerado revolta na sociedade civil de Atibaia e região, entre eles esportistas, que já soma mais de 15 mil assinaturas em abaixo-assinado criado para defender o afloramento rochoso. 

“Estão enaltecendo uma obra proibida, no momento onde ela sequer está aprovada, quando sequer foi considerado o projeto ainda”, conta a ((o))eco Cláudio C. Maretti, morador de Atibaia e ex-presidente do ICMBio. 

Ilustração da perspectiva do mirante proposto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) pela Sol do Brasil Participações e Empreendimentos Ltda. Foto: Reprodução/Memorial descritivo

Início de perfurações

Segundo a prefeitura de Atibaia, a construção da Sky Bridge é inspirada na Sky Glass de Canela (RS), que teve o projeto de estrutura e fundação elaborado pela mesma equipe técnica e mesma empresa de engenharia responsável pelo projeto preliminar e memorial descritivo do empreendimento que, agora, pretende se instalar na Pedra Grande. 

O processo de consulta prévia da passarela teve início em dezembro do ano passado, na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O empreendedor, então, passou a buscar autorização para sondar, com perfurações de até 10 metros, as condições do maciço rochoso da Pedra Grande. 

A Cetesb ainda analisa o pedido de consulta prévia – este trata sobre qual instrumento será adotado para licenciamento ambiental do empreendimento – e as sondagens já foram autorizadas pela Fundação Florestal (FF), segundo informa nota conjunta dos órgãos encaminhada a ((o))eco. Na última sexta-feira (7), a prefeitura de Atibaia disse, também por meio das redes sociais, que as sondagens já estavam sendo feitas. 

As sondagens, que servem para determinar as características das rochas da Pedra Grande, foram autorizadas com recomendações claras para não interferirem na vegetação característica da região da unidade de conservação (UC), diz a Cetesb e a FF. “Não oferecendo riscos para a estabilidade de taludes ou desmonte de blocos”, afirmam na nota. 

Sondagem na laje da Pedra Grande, no dia 5 deste mês. Foto: Reprodução/Ofício/Coletivo Socioambiental de Atibaia (CSA)

Obra contraria plano de manejo

Nesta semana, o Coletivo Socioambiental de Atibaia (CSAA) encaminhou ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) ofício, no qual expõe preocupações e irregularidades observadas na proposição da obra. O documento diz que a autorização da sondagem provocou espanto entre os conselheiros do MoNa da Pedra Grande, e demais representantes da sociedade civil. “Para que fazer sondagens na rocha em um local em que, ao que tudo indica, é inviável para a implantação do empreendimento?”, indaga o ofício.

O coletivo diz que representantes do empreendimento apresentaram a proposta da construção em maio deste ano, durante reunião do Conselho Gestor do MoNa da Pedra Grande. “Conselheiros e membros da sociedade civil […] verbalizaram suas respectivas preocupações acerca dos impactos negativos do empreendimento, sobretudo em relação ao seu impacto na paisagem e na atividade de voo livre, causadas pelo design e localização proposta do equipamento”.

A implantação da plataforma na laje da Pedra Grande, segundo o coletivo, coloca em xeque os próprios objetivos de um MoNa, que compõe o grupo de unidades de conservação (UCs) de proteção integral, apesar de admitir domínio privado. “Esse tipo de UC tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica”.

Maretti, que é um dos especialistas que assinaram o ofício, explica que a construção não pode ser feita porque esta é proibida pelo plano de manejo da UC, que estabelece que a laje da Pedra Grande pode ter somente estruturas que atendam às necessidades operacionais de atividades esportivas, trilhas, estacionamento e áreas de contemplação. “Todas as eventuais edificações não poderão descaracterizar a paisagem do monumento Pedra Grande”, determina a resolução que aprovou o plano de manejo do MoNa. 

O próprio decreto de criação do MoNa ainda afirma ter como objetivo “preservar os atributos bióticos, abióticos e cênicos do maciço da Pedra Grande”.

O plano de manejo do MoNa da Pedra Grande prevê que a paisagem do monumento não pode ser descaracterizada. Foto: Reprodução/Prefeitura da Estância de Atibaia

Empreendimentos privados em UCs podem contribuir para os objetivos de áreas protegidas, “se adequadamente planejados e com consenso estabelecido acerca das contrapartidas oferecidas à gestão das UCs”, afirma Maretti.

No MoNa da Pedra Grande, aponta, não são poucas as necessidades – que vão da regularização fundiária a recursos humanos para a visitação ordenada – e atividades existentes que podem ser aprimoradas e orientadas, como atividades esportivas de baixo impacto, observação de fauna, ecoturismo, entre outros. Esse, diz ele, não é o caso da plataforma prevista no afloramento rochoso. 

“No nosso entendimento, essa obra, nesse lugar, não pode. Não pode porque descaracteriza a paisagem, que é uma paisagem natural e cultural, apreciada culturalmente, que é um dos valores principais do MoNa da Pedra Grande”, diz o pesquisador. 

‘A natureza de Pedra Grande me trouxe’ 

Quando pisou em Atibaia pela primeira vez, há mais de 10 anos, sem nenhum vínculo com a cidade, fosse de amigos ou família, Paul Colas pedalou sozinho até a Pedra Grande. Uma vez foi o suficiente para que o biólogo se apaixonasse pela paisagem e se mudasse para o município meses depois. 

“Hoje tenho esposa, filhas e empresa aqui”, conta ele a ((o))eco, que antes morava em Rios Claros (SP). “A natureza da Pedra Grande que me trouxe”, completa.

Corridas de montanha, mountain bike e escalada em rocha são alguns dos esportes radicais que ele já praticou na Pedra. Atualmente, Colas faz trekking e ainda pratica a observação de fauna. “É comum que praticantes de esportes de aventura procurem áreas com características mais naturais para a pratica do seu esporte. Estar em uma área natural, sendo esportista de aventura ou não, além de desafiador, nos conecta à natureza e nos traz bem-estar”, explica.  

Ele conta que o afloramento rochoso é um lugar singular para a prática esportiva, tanto pela opção de subida quanto pelas trilhas e estrada de terra. “No final, quem chega lá se deslumbra com a beleza da imensidão que avista”, diz o biólogo. 

O empreendimento do porte do que pretende se instalar na laje, que inclui um pilar de 15 metros de altura, além de estruturas de ferro e vidro, descaracteriza o ambiente por completo para a prática esportiva, diz ele. “É como se esforçar um monte para chegar e se deparar com um shopping center”. 

O biólogo, que diz conhecer dezenas de pessoas da cidade com histórias semelhantes às dele, diz que jamais teria ido morar na cidade “por conta de uma Sky Bridge ou algo do tipo”.

Paul no cume da Pedra Grande. Foto: Arquivo pessoal

Como descreve o ofício do CSAA, outro esporte radical que pode ser comprometido com a instalação da estrutura é o voo livre. Historicamente praticado na laje da Pedra Grande, o esporte tem espaço aéreo regularizado por normativa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que delimitou a área restrita para voo livre no local.

Entretanto, a estrutura pênsil proposta para a sustentação do mirante está inserida na poligonal de restrição do espaço aéreo do esporte, aponta despacho da gestão do MoNa, datado de abril. “Não há nos autos consulta ou informação acerca da sua compatibilidade com normas vigentes que regulamentam o espaço aéreo para a prática do voo livre, podendo comprometer ou até mesmo inviabilizar por questões de segurança a prática da atividade na laje da Pedra Grande, o que configuraria possível impacto social no uso já estabelecido no atrativo”, diz o documento sobre o projeto. 

Organizador da atividade na laje da Pedra Grande, o Clube Atibaiense de Voo Livre (CAVL) encaminhou ofício à Cetesb, no qual se opõe à construção da passarela. “De modo a evitar possíveis acidentes graves e/ou fatais, bem como de modo a preservar uma das principais atividades e usos já consolidados na Unidade de Conservação em questão”, diz o documento, que pede acesso ao processo de licenciamento; esclarecimentos sobre a permissão de sondagem; e o debate prévio com os diversos setores da sociedade. 

Praticantes de voo livre na Pedra Grande. Foto: Paul Colas

Patrimônio cultural, histórico e defendido 

O MoNa da Pedra Grande tem uma área de 3,2 mil ha. Criada em 2010 pelo estado de São Paulo, a UC fica na Serra do Itapetinga, abrangendo os municípios paulistas de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Nazaré Paulista e Mairiporã. A importância da UC está na preservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e do corredor Cantareira-Mantiqueira, que mantém a conectividade dos fragmentos florestais. 

Além da beleza cênica, o MoNa abriga “refúgios montanos” – áreas mais sensíveis e importantes para conservação, com micro-habitats ricos em diversidade biológica e endemismo. Principal atrativo da UC, a Pedra Grande é ainda patrimônio natural e municipal de Atibaia, incluso no brasão e na bandeira da cidade. 

No início dos anos 80, a sociedade civil já se uniu para defender a Serra da Pedra Grande e do Itapetinga, naquele momento, da mineração. Foi este inclusive o movimento que resultou no tombamento da área como patrimônio natural e cultural de São Paulo, em 1982. Ou seja, essa não é a primeira vez que a sociedade civil se une para proteger o afloramento rochoso. 

Os praticantes de esportes de aventura que frequentam a Pedra Grande estão entre os que o CSAA considera como comunidade afetada. O coletivo também defende que para discutir o empreendimento é necessário o consentimento não só dessa comunidade, mas também os “religiosos de diferentes crenças que frequentam a laje para exercer sua fé, e, principalmente, aqueles que realizam o uso contemplativo, moradores do entorno e turistas que se beneficiam do excepcional mirante natural formado pela rocha granítica”.

Mobilização popular em defesa da Serra da Pedra Grande, em 1981. Foto: Euclides Sandoval

Sem uma intensa participação dos respectivos conselhos, diz Maretti, o empreendimento proposto na Cetesb desconsidera a relação da sociedade com a paisagem da Pedra Grande, “comprovada em manifestações artísticas de aproximadamente um século atrás e no movimento super expressivo que clamou pela proteção dessa área no início da década 80”.

Para o CSAA, a discussão e planejamento da passarela deve ser construído em conjunto com o Conselho Consultivo do MoNa da Pedra Grande, considerando a relação do afloramento rochoso com a comunidade. “Talvez a criação de uma câmara técnica, associada ao conselho consultivo da UC, fosse o melhor meio, para a qual seriam convidados especialistas que possam contribuir com o conteúdo específico”, sugere o coletivo ao MPSP.

Na nota conjunta encaminhada a ((o))eco, FF e Cetesb afirmam que qualquer intervenção no local demandará debate amplificado no Conselho Gestor do MoNa da Pedra Grande, considerando critérios de ambiência, beleza cênica e uso múltiplo, entre outros, que orientarão pela viabilidade ou não da proposta. “A Fundação Florestal esclarece ainda que não há qualquer análise de viabilidade e/ou anuência sobre o referido projeto”. 

A reportagem entrou em contato com os empreendedores da Sky Bridge da Pedra Grande e ainda aguarda manifestação.

Chamado de Pedra Rachada, aglomerado de pedras no topo da Pedra Grande. Foto: Reprodução/Guia de Áreas Protegidas
  • Michael Esquer

    Jornalista pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com passagem pela Universidade Distrital Francisco José de Caldas, na Colômbia, tem interesse na temática socioambiental e direitos humanos

Leia também

Análises
26 de abril de 2019

A biodiversidade escondida na Serra do Cipó

Temos, em pleno Brasil central, um ecossistema tão diverso quanto negligenciado. Um pedaço magnífico do Brasil que poucos conhecem mas que precisa de mais atenção

Análises
14 de julho de 2023

Tirolesa do Pão de Açúcar na mira da Justiça

Multitirolesa do Pão de Açúcar, repudiada pela sociedade civil, é embargada pela Justiça sob suspeita de crime ambiental e falha grave no projeto

Análises
29 de novembro de 2011

A quem interessa retalhar o Parque da Serra da Canastra?

Proposta para diminuir unidade de conservação que abriga as nascentes do rio São Francisco libera geral a mineração e oculta estudos provas da importância única deste ecossistema no Brasil.

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Comentários 9

  1. Lucas diz:

    Os ecochatos não permitirão. Pq não se preocupam com avanço moradias de madeira na Serra da Cantareira? É bem próximo a Pedra Grande.


  2. Gilmar Dias de Souza diz:

    Revisão Plano Diretor,2019 aprovado,proposta do Segundo Distrito: 1) Ocupação da Ilha de Santa Clara,mudar o nome do Segundo Distrito para Porto Brasil,origem marco Português 1498,da Terra de Santa Cruz. Brasil.Nacionalidade Brasileira. Ilha de Santa Clara,voz do Rio São João,Pontal do Santo António,Porto Brasil. Construção da Capela de Santa Clara,transporte. Teleférico ou Catamarã. Ilha de Santa Clara,Capela de Santa Clara,Museu Mostruário da Etinia Goytacaz,Área de locação cinematográfica Eventos Nacionais e Internacionais. Oficinas Culturais. Projeto Social Cultural e Turismo Integrado,Santo António,Ilha Porto Brasil,Igreja de São João Batista.Barra de São João. 2) Projeto Viário de Turismo Histórico Náutico Cidades da Costa do Sol, Abrangência de Patrimônio Mundial Cidades Históricas de São Francisco de Tapapuana a Niterói. Logística ligar a via litorânea á Praia Rasa. 3) Patrimônio Cultural: Tombamento Patrimônio Cultural do Estado do RJ. Patrimônio do Brasil. Ilha de Santa Clara. 4) Patrimônio Mundial,Transporte Náutico Estação: Cidades Históricas,Transporte Público. Solução definitiva de viabilidade econômica das regiões e Baixada Litorânea. 5) Ligar os dois lados opostos pelo córrego do Gargoa. Parque do Mico Leão e Associações de moradores através do Centro Hípico Cabo Frio. Ligar na altura da Igreja São Pedro São Paulo à Estrada da Integração,acesso direto ao Parque do Mico Leão Dourado. Amortecimento da fuga de capital para Barra de São João,face a ausência de um acesso direto pelo Centro das duas zonas rurourbana,cito Centro Hípico Cabo Frio verso Unamar na altura do Hospital de Tamoios. 6) Mediante processo de desocupação das residências na via das redes elétricas,criar o ordenamento de área de estacionamento nas zonas críticas de estacionamento urbano AV da Independência. Obs. Titular das Propostas aprovadas para á Revisão do Plano Diretor de Cabo Frio. Titular da Produção Cultural,Conselho Municipal de Cultura de Cabo Frio. Plano Municipal do Livro e Literatura. Titular Representante do Seguimento do Livro,Gráfica e Editora em Geral. Gilmar Dias de Souza. Catedral Cristianismo Matriarcal Organização. Ministro de Confissão Religiosa;Gerência de Projetos Históricos e Eventos. Investigação Forense e Perícia Criminal. Gilmar Dias Souza.


  3. Eliese Velozo Da Silva diz:

    A emprêsa vai se apoderar de uma área natural pública, vai colocar cancelas, e quem quiser ir lá terá que pagar um bom dinheiro.
    #forachupinsdanatureza!


  4. Norberto diz:

    Eis o que o esquerdismo faz! Espalha a inveja nas pessoas! Um sentimento destrutivo! Que impede o desenvolvimento! E como ! Se eu não posso ninguém pode! O mundo está para ser transformado! Quando piso no chão já o transformo!


  5. Bertram diz:

    O argumento de “descaracterização da paisagem” , a meu ver, é ridículo, pois a propria cidade descaracterizou a paisagem que tinha lá há 600 anos… Se esse argumento é válido, então vamos remover o bondinho do Pão de Açúcar e mesmo o Cristo Redentor no RJ, etc…
    Alguém discorda que essas obras , no caso do RJ, deram projeção internacional à cidade e geraram muito dinheiro através do turismo ?


  6. Jaqueline Monteiro Oliveira diz:

    Mais uma ameaça à Unidades de Conservação! O povo precisa cuidar dos patrimônios naturais que restam, caso contrário os “gafanhotos monetários” de$troem tudo!


  7. Marília diz:

    Gostaria de saber se a proposta contempla acessibilidade para pessoas com deficiência. Seria com certeza um forte ponto positivo.


  8. O Clube Alpino Paulista – CAP vem a público manifestar sua posição contrária ao projeto de instalação sobre a Pedra Grande, Atibaia, um mirante artificial, o famigerado e atentatório “SkyBridge”, e seus outros adereços que visam de modo predatório exclusivamente o turismo de massas.

    A nosso ver, na condição de montanhistas que historicamente lutam pela preservação e conservação das montanhas, seus cenários e suas qualidades naturais, esse projeto atenta frontalmente contra os princípios mais elementares do ordenamento jurídico ambiental e coloca em risco a integridade do patrimônio natural de toda a região do entorno da Pedra Grande.

    O CAP, fundado em 1959, tradicional escola de montanhismo, parte fundadora da Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo – FEMESP e da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada – CBME, incentivador primeiro da escalada como esporte olímpico desde 1998, por meio da Unión Panamericana de Montaña y Escalada – UPAME e da Union Internationale des Associations d’Alpinisme – UIAA, celeiro de montanhistas paulistas, afirma, por meio de sua Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo o mais absoluto repúdio à proposta de tal empreendimento.

    São Paulo, 13 de julho de 2023

    Diretoria Executiva

    Conselho Deliberativo


  9. Absalão Ebenezer diz:

    Os mesmos que são contra, quando vão “pras gringas” nas férias, acham bonito atrações tipo o SkyWalk no Grand Canyon…