Há mais de 30 anos, o fotógrafo submarino Carlos Secchin combina a paixão pelo mergulho com a captação de imagens surpreendentes dos ambientes marinhos. Ao lado de pesquisadores, ajudou a descobrir formas de vida como o coral-chicote (Cirripathes secchini). Incansável, acaba de lançar o livro infantil Anchovinha (capa acima). Em parceria com o jovem engenheiro sanitarista Cauam Cardoso, a obra ganhou um caderno especial para professores. Assim, a escola que adotar a obra receberá gratuitamente da editora Imperial Novo Milênio o suplemento, que traz propostas para atividades em grupo sobre as características e necessidade de preservação do mar.
A aventura submarina da Anchovinha é inspirada no peixe que vive na costa andina do Pacífico, formando um dos maiores e mais ameaçados cardumes do planeta, pela pesca industrial descontrolada. O trabalho é um alerta contra o uso de modernas tecnologias pesqueiras desconsiderando a capacidade de reprodução de ambientes naturais e bancos pesqueiros. Indispensável também para o futuro Ministério da Pesca brasileiro, não é mesmo?
“A população humana continua crescendo, ao passo que o pescado vem perdendo rapidamente espaço no mar, em razão também da presença cada vez maior de águas turvas, poluídas e pobres em nutrientes. Muitas leis internacionais de pesca estão sendo elaboradas e discutidas, mas não se sabe se serão cumpridas. Parece-me um bom começo protegermos o que está perto e diante de nós – o espaço onde a maioria dos peixes pertencentes à cadeia alimentar dos oceanos surge: as águas rasas; os mangues; lagoas e estuários. E, nesse aspecto, cada um de nós, gostando ou não de comer peixe, pode contribuir de alguma forma”, comentou Secchin, em nota distribuída para o lançamento da publicação.
Anchovinha tem 40 páginas e custa vinte reais. O fotógrafo também é autor de vários livros sobre unidades de conservação brasileiras, como Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Arquipélago de Fernando de Noronha, Ilha Grande, Narcosis e Peixes do Brasil.
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