
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou os dados coletados por seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para o período de setembro de 2010. Foram detectados 170 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, 21% menor do que o do mesmo período no ano passado.
O SAD pode monitorar 83% da área com cobertura florestal da Amazônia Legal, e apontou que o desmatamento ocorreu, principalmente, no Mato Grosso (85%). Foram 500 quilômetros quadrados desmatados, um aumento de 141% em relação a 2009.

Uma comparação entre o acúmulo de degradação no período de agosto a setembro de 2010 com o mesmo período do ano anterior, demonstrou que houve um aumento expressivo de 213%, um aumento de 1398 quilômetros quadrados. A degradação florestal total do período em 2010 foi de 2055 quilômetros quadrados. Diferentemente do desmatamento – que representa o corte raso da floresta – a degradação demonstra a retirada seletiva de porções da mata.
OImazon também calculou o desmatamento acumulado de agosto a setembro em 2010, os dois primeiros meses do calendário oficial de monitoramento da Amazônia. Os dados somam 380 quilômetros quadrados, uma redução de 22%. Esse acúmulo ainda traz 6 milhões de toneladas de C02 equivalentes, carbono advindo de emissões diretas ou indiretas, porém resulta em uma redução de 25% em relação ao ano passado.
Leia a publicação do Imazon sobre Transparência Florestal de setembro de 2010
Leia também

Na Cúpula do Clima, Lula confirma entrada do Brasil na OPEP+
Sociedade civil chama de "escárnio" o anúncio, feito durante evento que busca acordo global de eliminação dos combustíveis fósseis, causadores da mudança no clima →

Entrando no Clima ep #6: Brasil na OPEP?
Para comentar as repercussões do segundo dia de COP 28, ((o))eco conversa com Claudio Angelo, do Observatório do Clima →

Fala de ministro brasileiro sobre entrada do Brasil na OPEP+ repercute mal em Dubai
Governo Lula lança fundo global para proteção das florestas e reforça compromisso do país com o plano de transição ecológica →