
O uso de peles de animais pode parecer “fashion” para alguns, de mau gosto para outros, e até criminoso para terceiros. Este último grupo acaba de ganhar uma força do Congresso Nacional. O Projeto de Lei Nº 684/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), pretende tornar crime contra o meio ambiente a prática de ostentar peles de animais em eventos de moda.
De acordo com o texto da proposta, fica proibido o uso de peles de qualquer animal em eventos no Brasil. A pena prevista para o descumprimento da lei é de reclusão de um a três anos mais multa.
O que impressiona nesse comércio são os números, tanto do dinheiro envolvido, quanto do número de animais mortos para se fazer um único casaco de pele de comprimento médio. Mundialmente, o comércio de peles movimenta um total de 1,6 bilhão de dólares por ano. Abaixo, seguem dados com o número de animais mortos para a confecção de um único casaco.
Veja o número de animais mortos por casaco, de acordo com a espécie:
|
||||||||||||||||||||||||
Segundo a ONG WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal, na sigla em inglês), 100 milhões de animais são mortos todos os anos para a fabricação de vestimentas de grife.
Tramitação
O Projeto de Lei, que acrescenta artigo à Lei de Crimes Ambientais, foi aprovado com unanimidade pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. Agora, será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e passará pelo Plenário.
Leia também
Julgamento do marco temporal é adiado para próxima quarta-feira
Adiamento atendeu a solicitação do movimento indígena, que solicitou que o julgamento ocorresse em formato presencial. Será a segunda vez que STF julgará a constitucionalidade do dispositivo →
Emissões de carbono no transporte cresceram 8% entre 2012 e 2024, mostra inventário
Após lacuna de uma década, Inventário Nacional de emissões do transporte é publicado. Melhora na tecnologia não é suficiente para conter poluição →
Em 1 min e meio, Senado aprova LAE e abre caminho para obras de alto impacto sem rigor ambiental
Aprovada um dia após avançar na Câmara, medida institui Licença Ambiental Especial para obras estratégicas e permitirá afrouxamento de licenciamento ambiental em áreas sensíveis dos biomas →


