Há poucos dias, a versão candidata à Presidência da senadora Marina Silva foi criticada por ambientalistas e teve frases usadas por apóstolos do desenvolvimento ao não se posicionar frontalmente contra às barragens no rio Xingu. Independentemente da posição da ex-ministra, o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), comentou a O Eco que não se pode esquecer que lagos de hidrelétricas são fontes permanentes de gases de efeito estufa.
Ele apontou as emissões de Carbono pela decomposição de árvores mortas que se projetam acima do lago e de Metano pela decomposição anual da vegetação que cresce sob a lâmina d´água, nas suas variações entre secas e cheias. O Metano é dezenas de vezes mais prejudicial à saúde do planeta que o Carbono. Logo, seguir plantando hidrelétricas é uma estratégia que também precisa ser pesada por um país com metas de redução a cumprir. “O assunto é pouco debatido, mas as hidrelétricas são fontes importantes de gases estufa”, disse Fearnside.
Saiba mais:
Metano no centro das atenções
A conta da boiada nas emissões
Alternativa para Balbina
Hidrelétricas na pauta do IPCC
Leia também

Quais os problemas brasileiros citados em relatório global sobre crimes ambientais?
Não se enfrentará realmente injustiças sociais, a crise do clima e a perda de biodiversidade sem frear ilícitos em variados setores →

Agir diferente para um ter futuro
Conversa em podcast debate questões sobre os impactos do capitalismo atualmente e novos caminhos para lidar com as crises →

Fábricas de natureza: por que a conservação da biodiversidade é essencial para planejar o uso do território?
Mais do que nunca, é necessário internalizar que a natureza é nossa principal tecnologia e a maior aliada no enfrentamento das mudanças climáticas →