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Michael Crichton, o principal representante americano da literatura de catástrofe – seu livro mais famoso é Parque Jurássico – acaba de lançar romance nos Estados Unidos que está deixando ambientalistas e cientistas com os pêlos da nuca em pé. “State of fear (Estado de medo)” fala do aquecimento global da Terra e, diz o The New York Times, nele não faltam descrições, como maciços derretimentos de geleiras, mudanças bruscas de marés e súbitas enchentes, anunciando a chegada do Apocalipse. Mas é tudo mentira. O aquecimento é um fenômeno inventado por gente que defende o meio-ambiente e suas manifestações são na verdade atos de terror promovidos por um grupo radical de ecologistas. Claro que é ficção, mas ela tem um pé na realidade. Ou melhor, um pé naquilo que Crichton acha que é a realidade. Ele não acredita no aquecimento do planeta. Diz que não passa, pelo menos por enquanto, de profecia alarmista. Seu livro tem um apêndice de 20 páginas onde o autor defende esta tese. Entre os críticos, o livro foi saudado como pueril.