Ao mesmo tempo em que aumentam as punições para quem insiste em beber e dirigir no Brasil, começam a surgir nas principais capitais do país alternativas de transporte noturno. Em São Paulo, participantes do festival de música Lollapalooza terão nos próximos dias a chance de usar o Meleva.com, plataforma virtual que surgiu com o objetivo de facilitar o compartilhamento de táxis no Aeroporto Internacional de Guarulhos. É a segunda vez que o sistema funciona em eventos específicos. A primeira foi na Campus Party 2013.
Mesas de bar espalhadas em frente a um posto de gasolina em SP. E o táxi na porta. Foto: Daniel Santini
O compartilhamento de táxis deve facilitar a chegada e, principalmente, saída do evento. Nas edições anteriores, participantes sofreram para conseguir ir embora. Desta vez, além do Meleva, o Metrô e a Companhia Metropolitana de Trens (CPTM) também organizaram operação especial para atender o público. Quem vai aos shows poderá acessar o sistema até 12:15. São apenas minutos a mais do que o sistema funciona normalmente, o que talvez force quem quer ficar até o fim a ter que pegar um táxi mesmo.
Transporte coletivo 24 horas
Durante a Virada Cultural, os trens de São Paulo chegaram a funcionar 24 horas. Existe pressão para que as linhas permaneçam abertas de maneira ininterrupta permanentemente, mas os administradores alegam que os intervalos durante à noite são necessários para manutenção. Se ainda não perspectiva para que o sistema de trilhos funcione à noite toda na maior cidade do país, pelo menos agora existem promessas de linhas de ônibus operando durante toda a noite. Nesta semana, a Prefeitura de São Paulo anunciou, entre as metas da atual gestão, a criação de linhas de transporte coletivo 24 horas.
As novidades estão em sintonia com o que já acontece em boa parte de cidades no exterior com planejamento ambiental e planos de metas para redução de emissões de poluentes. Incentivar a população a caminhar, andar de bicicletas e utilizar transporte coletivo e carros compartilhados nos deslocamentos, desincentivando o uso individual de automóveis, é estratégia recorrente adotada por prefeitos de todo o mundo preocupados com altos índices de poluição e acidentes. E é preciso considerar quem se desloca à noite também ao se planejar ações para mudanças efetivas nas cidades.
Em meio às transformações, aumenta a pressão em relação a quem insiste em beber e dirigir. Ainda acontecem casos como o do motorista atropelou e matou um skatista de madrugada, dirigindo em alta velocidade e alcoolizado segundo o jornal O Estado de S. Paulo, e o do ciclista que teve o braço arrancado, mas movimentos como o Viva Vitão (clique aqui para ver a página do grupo no Facebook), dão exemplo de mobilização contra a combinação perigosa de álcool e direção.
E até bares, normalmente coniventes com tal comportamento de risco, começam a fazer campanhas contra o beber e dirigir, como a deste vídeo abaixo:
Leia também
Número de portos no Tapajós dobrou em 10 anos sob suspeitas de irregularidades no licenciamento
Estudo realizado pela organização Terra de Direitos revela que, dos 27 portos em operação no Tapajós, apenas cinco possuem a documentação completa do processo de licenciamento ambiental. →
Protocolo estabelece compromissos para criação de gado no Cerrado
Iniciativa já conta com adesão dos três maiores frigoríficos no Brasil, além de gigantes do varejo como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e McDonalds →
Com quase 50 dias de atraso, Comissão de Meio Ambiente da Câmara volta a funcionar
Colegiado será presidido pelo deputado Rafael Prudente (MDB-DF), escolhido após longa indefinição do MDB; Comissão de Desenvolvimento Urbano também elege presidente →