Newsletter Política Ambiental | Notícias da Semana #12
11 de dezembro de 2022
O Mato Grosso, onde o candidato derrotado Jair Bolsonaro obteve uma das maiores votações proporcionais do país, tem se tornado um dos principais centros para o planejamento e o financiamento de atos golpistas que contestam o resultado da eleição presidencial de 2022. Fabio Pontes explica porque a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de determinar o afastamento do prefeito do município de Tapurah, Carlos Capeletti, consolida o estado como um dos principais redutos de sobrevivência do bolsonarismo na Amazônia Legal.
Como a taxa anual de desmatamento na Amazônia é sempre medida de agosto de um ano a julho do ano seguinte, o presidente-eleito Lula vai herdar toda a destruição causada nos últimos seis meses do governo Bolsonaro. E esse número não é pequeno. Cristiane Prizibisczki traz os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (DETER/INPE) nesta sexta-feira (9): o desmatamento em novembro alcançou 555 km², uma área equivalente à metade da capital paraense, Belém. O resultado representa um aumento de 123% em relação ao mesmo mês de 2021 e é o segundo pior da série histórica de alertas.
São mais de 14 mil médicos residentes sem bolsas e 100 mil pesquisadores de graduação e pós-graduação que não terão verba garantida para alimentação e despesas básicas. O bloqueio de gastos do governo federal no orçamento de 2022, promovido no final de novembro pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), é um duro e cruel golpe para a ciência brasileira, que há anos engatinhava com dificuldade. Juliana Arini escreve sobre o “calote natalino” aos pesquisadores que o governo federal justificou como uma necessidade de “adequar o orçamento ao limite do teto de gastos”.
Boa leitura.
Redação ((o))eco