Quase 85% das cidades brasileiras possuem algum órgão para cuidar de suas questões ambientais. Este é um dos resultados da pesquisa sobre o perfil dos municípios brasileiros em 2009, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, das 5.565 prefeituras analisadas, 84,5% possuem órgão ambiental e a região Norte do país é a que tem mais municípios que afirmam ter unidade administrativa para cuidar do tema (92,2%). Os números representam crescimento de 13% na quantidade de cidades com este tipo de órgão, quando comparado com dados de 2004, quando o tema ambiental entrou no questionário do IBGE.
Em 2009 foi também a primeira vez que o número de municípios com Conselho de Meio Ambiente tornou-se maioria (56,3%), um aumento de 166% em relação a 1999. Do total das prefeituras incluídas na pesquisa, apenas 334 (6,0%) tinham todos os “itens” ambientais – secretaria exclusiva, conselho de meio ambiente ativo, fundo de meio ambiente, comitê de bacia, entre outros.
O trabalho do IBGE também mostra que 42,5% das cidades têm algum tipo de lei municipal sobre o tema e que apenas 29,6% têm fundos para o meio ambiente. Desse total, apenas 35,4% estavam ativos em 2009, ou seja, financiando projetos na área. A presença dos fundos é maior nas cidades com mais de 500 mil habitantes.
Com relação aos gestores ambientais, os dados apontam que 83% deles são homens e 49% têm nível superior completo, sendo que 14% desse total têm pós-graduação. Na Região Norte, a grande maioria dos gestores tem entre 26 e 40 anos, diferentemente das demais regiões onde a maioria dos responsáveis pela pasta de meio ambiente tem entre 41 e 60 anos. (Cristiane Prizibisczki)
Leia também
Deputados mineiros voltam atrás e maioria mantém veto de Zema à expansão de Fechos
Por 40 votos a 21, parlamentares mantém veto do governador, que defende interesses da mineração contra expansão da Estação Ecológica de Fechos, na região metropolitana de BH →
Do Brasil à Colômbia, conservação ambiental através da literatura
Feira do livro de Bogotá traz os biomas brasileiros em destaque, com uma curadoria literária voltada para o meio ambiente →
Escazú não é prioridade?
Escazú chega à terceira COP sem que o Brasil o tenha ratificado. Delegação brasileira conta com ampla participação da sociedade civil, mas ausência de alto escalão grita →