Os recifes de coral estão entre os ecossistemas mais biologicamente ricos e produtivos da terra. Além de proteger a costa contra a devastação das tempestades, são viveiros para as principais espécies de peixe comerciais e fonte de renda e subsistência para milhões de pessoas que vivem no litoral, seja através dos mergulhadores que movimentam o turismo ou o próprio alimento que chega à mesa destas pessoas.
Infelizmente os recifes de coral sofrem com uma série de ameaças, que vão desde a sobrepesca até o desenvolvimento costeiro, passando pelo escoamento agrícola e o transporte marítimo. Além disso as mudanças climáticas agravam ainda mais essas ameaças locais. O aquecimento dos mares já causou danos generalizados aos recifes, com as altas temperaturas causando um efeito chamado de branqueamento do coral (http://pt.wikipedia.org/wiki/Branqueamento_do_coral), que é a morte dos pólipos responsáveis pela construção dos recifes, restando o esqueleto calcário que rapidamente fica branco, uma vez que a matéria orgânica se decompõe.
Os mapas abaixo, feitos a partir de um relatório do World Resources Institute, mostram o quão ameaçados estão os recifes de coral ao redor do mundo atualmente e fazem uma projeção para o futuro. Os pontos azuis representam baixa ameaça, os amarelos ameaças moderaras, os laranjas ameaças altas, os vermelhos ameaças muito altas e os pretos ameaças críticas.
Os mapas que prevêem os cenários para 2030 e 2050 mostram as ameaças locais combinadas com as projeções de estresse térmico e acidificação dos oceanos através de um cenário de emissões de gases de efeito estufa que assumem que nenhuma atitude seja tomada para diminuí-las. De acordo com o relatório, se as pressões locais e globais não forem controladas, 90 por cento dos recifes de coral estarão classificados como ameaçados em menos de 20 anos, e quase todos os recifes estarão ameaçada em 2050.
Veja abaixo os mapas mostrando todo o planeta. Clique para ampliar.
2012
2030
2050
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