Notícias

Minas Gerais realiza inventário de áreas contaminadas e reabilitadas

Estudo concluiu que a maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, em seguida, vem a lixiviação de resíduos

Sabrina Rodrigues ·
4 de janeiro de 2017 · 7 anos atrás
A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de combustíveis. Foto: Wikimapa/Flickr.
A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de combustíveis. Foto: Wikimapa/Flickr.

A Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam) realizou um estudo que mapeou as áreas contaminadas e reabilitadas do estado. O inventário registrou que existem 642 locais com estas características no território mineiro. O processo de contaminação e reabilitação ocorreu em 170 municípios de Minas Gerais. As maiores ocorrências estão nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Paracatu, Juiz de Fora e Uberaba. Betim destaca-se pelo número expressivo de atividades efetivamente ou potencialmente poluidoras.

Os principais contaminantes encontrados são os compostos orgânicos, com destaque para os hidrocarbonatos aromáticos (BTEX – benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), encontrados principalmente em combustíveis e derivados de petróleo, incluídos solventes, óleos e graxas. Em seguida, estão as contaminações por metais, presente em 28% dos casos.

O estudo também registrou  que o maior número de empreendimentos corresponde a postos de combustíveis, incluindo o comércio varejista de combustíveis e revendedores de gasolina, álcool e diesel. Os grupos de atividades econômicas importantes como a indústria metalúrgica (10%) e o transporte ferroviário (7%) ocuparam o segundo e terceiro lugar respectivamente. Belo Horizonte registra 198 áreas cadastradas, correspondente a 31% do total.

A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de combustíveis. Em seguida, há a lixiviação/percolação de resíduos dispostos inadequadamente. Poucos casos resultam de dispersão atmosférica de poluentes e de lançamento direto de efluentes no solo/subsolo.

As áreas contaminadas em Minas Gerais estão em diferentes fases de gerenciamento sendo que 35% delas estão sendo monitoradas para reabilitação, 20% já foram reabilitadas, 19% estão em fase de intervenção e remediação, 13% em investigação detalhada e avaliação de risco, 12% em fase de investigação confirmatória e 1% em fase de projeto de intervenção.

 

*Com informações da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais

 

Leia Também

INEA publica lista com 160 terrenos contaminados no Rio

Novos contaminantes afetam água que abastece capitais

Dá para beber essa água?

 

 

  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

Leia também

Reportagens
20 de março de 2014

Dá para beber essa água?

Agrotóxicos, metais pesados e substâncias que imitam hormônios podem estar na água que chega à sua torneira ou na água mineral engarrafada.

Notícias
11 de dezembro de 2013

Novos contaminantes afetam água que abastece capitais

Com base em estudo inédito, cientistas alertam para alta concentração de substâncias que podem causar danos à saúde e afetar reprodução

Notícias
26 de junho de 2013

INEA publica lista com 160 terrenos contaminados no Rio

Maioria dos terrenos identificados estão contaminados por resíduos de postos de gasolina. Atualização do cadastro será constante.

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.