Programei uma viagem de 20 dias, o que se revelou pouco para usufruir tudo, ou quase tudo, o que se oferece na Patagônia. Para economizar tempo, optei por viajar de avião de um local para o outro. Diferente do Brasil, as passagens áreas domésticas na Argentina e no Chile não são caras. Consultas a Aerolineas Argentinas e a empresa Lade rendem bons roteiros. Uma boa pedida para quem inicia seu percurso é a cidade de El Calafate (foto), a três horas de vôo de Buenos Aires.
Antes de partir, vale a pena uma visita a El Chaltén, um povoado de apenas 300 habitantes, aos pés da montanha Fitz Roy, famoso reduto para montanhistas. São duas horas de ônibus até a pequena cidade e há também a opção de passeios de um dia. Vai-se em busca de escaladas e trekkings e encontra-se uma natureza exuberante, garantida por trilhas bem conservadas. A cidade lota no verão mas, a contar por sua idade, 22 anos, entende-se por que os efeitos negativos do turismo em massa ainda não a macularam.
Chile
Eu optei por alugar um carro e aproveitei para dirigir pelos Andes, em direção ao Lago Escondido e Lago Fagnano, nos arredores de Ushuaia. É um passeio lindo. Já o Canal de Beagle é para ser conhecido de barco, de onde se avistam pingüins e leões-marinhos. Para descer e caminhar entre os pingüins é mais caro, em torno de cento e oitenta reais, o que restringe bastante o número de visitantes. Eu preferi dizer oi de longe. Afinal, não deve ser nada agradável ter um bando de seres humanos eufóricos lhes perturbando em sua própria casa.
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