Dia de preparativos. Assim que acordamos começamos a organização para, mais uma vez, desmontar o mastro. Tarefa que, com a recém-adquirida prática, estamos fazendo rapidamente. Desta vez foi completo. Todos os cabos e encaixes, velas, tudo retirado e devidamente guardado para a viagem de volta por terra. Uma última missão à cidade para conseguir pneus velhos para a acomodação do barco na carreta, alguns mantimentos, almoço e tudo pronto. Nosso amigo Kauê, que muito nos ajudou na última etapa e enriqueceu a expedição com valiosas informações e contatos, deixou a expedição no fim da tarde, seguindo de ônibus de volta a Guaíra. Um sentimento de melancolia tomou conta do ar no fim da tarde, enquanto assistíamos a bordo do Pasárgada a silhueta de nosso amigo desaparecendo ao longe. Ficamos aguardando a chegada de Gérson, que recentemente havia trazido o veleiro Pasárgada de Porto Alegre. Ele já estava a caminho com o reboque que nos levaria de volta ao Pontal do Paranapanema e, enquanto esperávamos, ficamos a observar bucolicamente os pescadores nas margens do rio no início da noite. Gérson chegou e já queria adiantar o trabalho do dia seguinte, mas achamos melhor retirar o barco da água com a luz do dia. Após um jantar na cidade, regado a muitas histórias e “causos”, voltamos ao merecido descanso para reunir forças para o dia em que o Pasárgada iria deixar as águas do rio Paraná.
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