Depois de fazer emocionados e contundentes apelos por um acordo climático forte antes e durante a Conferência do Clima, em Copenhague, em dezembro passado, o presidente do arquipélago das Maldivas, Mohamed Nasheed, insistiu em um encontro na Finlândia nesta semana que as discussões sobre aquecimento global devem ser reenquadradas como debates sobretudo econômico e de segurança nacional. Seu país é um dos que menos contribui para emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e um dos primeiros a serem gravemente afetados em função do aumento do nível dos oceanos, podendo desaparecer por completo.
Ele, no entanto, se comprometeu publicamente a tornar as Maldivas um exemplo de transformação, fazendo sua economia carbono-neutro até 2020. Em novo discurso, Nasheed explicou que o tempo de os países “apontarem os dedos”, culpando uns aos outros sobre o ônus das mudanças climáticas já passou, enfatizando que tanto desenvolvidos como emergentes devem agir juntos para recuperar o tempo perdido desde a conferência da ONU na Dinamarca. “Não há desculpa para que as emissões de países em desenvolvimento não serem limitadas também”, ele disse, acrescentando que a redução dos gases é um ato economicamente responsável e não impeditivo do desenvolvimento.
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Revolução pelo desastre
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