As baleias-francas, junto com as jubarte, são as mais fáceis de serem reconhecidas individualmente. A jubarte graças ao formato da sua cauda. A franca, pelas calosidades espalhadas em sua cabeça. A disposição das calosidades nunca se repete e vira a impressão digital de cada baleia. Graças a elas, é possível fazer o retrato-falado de uma franca. A bióloga Karina Groch, que trabalha no Projeto Baleia Franca desde 1996, tem olho treinadíssimo. Consegue reconhecer indivíduos da espécie franca à distância. Já ajudou a catalogar 332 deles que passaram pelo litoral brasileiro.
Uma outra característica única das baleias-francas é o esguicho em forma de V, um efeito provocado pela fato dos dois orifícios respiratórios da baleia serem separados. O esguicho nada mais é do que o ar quente que sai dos pulmões da franca e condensa ao entrar em contato com o ar frio. É um fenômeno comum, uma vez que a espécie não consegue ficar mais de vinte minutos sem subir à superfície. As francas são capazes de jorrar água a 8 metros de altura e o som produzido pode ser ouvida à distância.
Leia também

Ocupação fecha os portões do Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia
Lideranças Pataxó não endossam a manifestação, que pediria a homologação dos 28 mil hectares da Terra Indígena Comexatiba →

Já vivemos a crise climática e precisamos enfrentá-la, diz ex presidente do Ibama
Em entrevista ao podcast Planeta A, Suely Araújo coloca as mudanças climáticas como ponto central nas discussões nacionais e mundiais →

Cantadores (en)cantados
Anfíbios estão presentes nas tradições orais dos povos indígenas, nas crenças e “causos” caipiras, na poesia e, é claro, não poderiam passar despercebidos por nossos músicos e compositores →