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A importância de descartar corretamente pilhas e baterias

Município de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, desenvolve programa de logística reversa e tem pontos de coleta para esse tipo de resíduo.

Ecocomunicadores da Rede ParaTudo ·
28 de janeiro de 2016 · 8 anos atrás
Foto: Marina Silva/Flickr
Foto: Marina Silva/Flickr

Controles remotos, rádios, celulares, relógios de parede, lanternas, câmeras fotográficas, brinquedos… Você já parou para pensar na infinidade de equipamentos ou utensílios que usamos no nosso dia a dia e que funcionam à base de pilhas ou baterias?

Pilhas e baterias são sistemas que por meio de reações químicas geram energia elétrica. Embora possam ser compradas em diversos lugares, o seu descarte não pode ser feito da mesma forma. Isso porque contém metais pesados e tóxicos, como chumbo, cádmio e mercúrio – prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente.

Em função dos riscos, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabeleceu em uma Resolução os limites máximos de metais pesados na fabricação de pilhas e baterias comercializadas no território nacional, bem como os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado.

As Resoluções nºs 257 e 263 do CONAMA, determinam que pilhas e baterias devem ser devolvidas aos seus fabricantes para que sejam descartadas corretamente, reutilizadas ou recicladas.  Há ainda a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê que esta devolução deve se dar por meio do processo denominado “Logística Reversa”, no qual o consumidor devolve os resíduos ao varejista de quem adquiriu o produto f e este os destina adequadamente aos fabricantes.

Assim deveria funcionar. Contudo, na prática, não é o que acontece. De acordo com os dados apresentados no Congresso Mundial de Resíduos Sólidos, isto não ocorre pela falta de um acordo intersetorial nacional entre os diferentes segmentos envolvidos no processo da logística reversa; e também pelos custos que isto gera aos fabricantes.

O fato é que já não há tempo para ficarmos de braços cruzados. Uma possível solução é a criação de postos de recolhimento desses materiais nas cidades.

Foi o que fez o município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Com aproximadamente 107 mil habitantes e uma área municipal que beira os 65 milhões de quilômetros quadrados, a cidade tem buscado no engajamento social e ambiental respostas positivas para prevenir que turistas e os próprios moradores ameacem a paisagem. Em 2015, houve a criação de uma campanha de conscientização para sensibilizar a população quanto à importância do descarte adequado, não somente de pilhas e baterias, mas também de outros resíduos sólidos gerados diariamente no município. Foram criados cinco postos de recebimentos de pilhas e baterias em Corumbá.

Foto: Fátima Seher Foto: Fátima Seher
Foto: Fátima Seher Foto: Fátima Seher

 

*O Grupo ParaTudo Corumbá é formado pelos jornalistas-cidadãos Adriane Machado, Fátima Seher, Grasiela Porfirio, Natanael Freitas, Jaime Surubi, Kleverton Teixeira e Thalita Caldas.

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