
A corrida por ouro está levando milhares de pessoas para o trecho do rio Madeira, no Amazonas, perto de uma comunidade onde residem 16 famílias e uma área que faz parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Madeira, de 283 mil hectares. A chegada de pessoas estranhas ao ambiente e a prática de garimpo estão modificando a rotina de quem já mora na região. Os moradores passaram a comprar galões de água na cidade mais próxima, Novo Aripuanã, por causa da contaminação, além de sofrerem com o barulho alto dos motores ligados e com o ar repleto com fumaça de óleo diesel. A pesca já foi interrompida. Os danos ambientais são outros motivos de preocupação, como a mudança no leito do rio, despejo de derivados de petróleo e o transtorno para a fauna aquática. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no rio Madeira, o ouro é muito fino, apresentando tipo de pureza correspondente a mais de 98%. As notícias dão conta de que a fiscalização, até o momento, apresentou pouco resultado. O chefe da RDS Rio Madeira, Miqueias Santos, pediu a ajuda de dois PMs para a retirada de garimpeiros de uma praia, mas dias depois, recebeu ameaças e teve de deixar Novo Aripuanã. Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Antônio Stroski, uma operação com o governo federal está sendo planejada.
Fonte original: Folha de S. Paulo
Leia também

Um futuro com ratos, morcegos, cães, gatos, gado e gente…
Nossos antepassados extinguiram 550 espécies de mamíferos em 126 mil anos. Até o ano 2100 serão mais 600, diz estudo sueco →

Após adiamento em Alcatrazes, Marinha planeja exercício de tiro em Pernambuco; Área é rota de baleias
Mamíferos estão em período de reprodução e amamentação de filhotes. Instituto Baleia Jubarte enviou ofício ao órgão nesta quarta-feira (17) pedindo mudança na data →

Projeto que libera caça esportiva sai de pauta na Comissão de Meio Ambiente em MT
Autor da proposta solicitou retirada de pauta durante reunião em que se votaria parecer contrário ao PL. Pedido ocorre em meio à repercussão negativa ao projeto →