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Banco de projetos alimenta Carteira Fauna

De 2006 até hoje, fundo já aplicou 2,7 milhões de reais em projetos de conservação de animais no Brasil. Agora, outras instituições podem inscrever seu trabalho e pleitear apoio.

Salada Verde ·
14 de maio de 2010 · 15 anos atrás
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Rio de Janeiro – Criada em 2006, a Carteira Fauna Brasil se dedica a apoiar projetos de proteção aos animais no país. Nos últimos quatro anos, 2,7 milhões de reais foram aplicados em sete programas de apoio a espécies marinhas ao longo de todo o litoral brasileiro. Os recursos podem ser obtidos através de três vias: multas administrativas, sanções penais ou doações. Este aporte inicial, por exemplo, foi dirigido a projetos específicos pelo Ibama (um dos parceiros da Carteira, ao lado do Funbio, ICMBio e MPF) após o pagamento de multas por empresas de sísmicas que faziam estudos sem licenciamento ambiental. Todos tiveram de passar pela aprovação da comissão técnica de Fauna e conselho consultivo do Funbio.

As linhas temáticas apoiadas pela Carteira são: conservação de espécies ameaçadas de extinção ou migratórias; uso sustentável de nativas; manejo de invasoras; e desenvolvimento de capacidade técnica para conservação e uso sustentável da fauna e dos recursos pesqueiros. O problema é que cabe aos próprios responsáveis pela destinação dos recursos definirem se eles serão livres (com autonomia para os parceiros escolherem o seu fim), aplicáveis a apenas uma das linhas ou a projetos previamente selecionados. “Temos visto que os juízes e promotores, muitas vezes, têm receio de colocar o dinheiro no fundo sem saber para onde ele vai”, explicou, a’O Eco, Natália Paz, gerente da Carteira Fauna Brasil.

A solução encontrada foi criar um banco de projetos, já em vigor desde o último mês. Agora, as instituições que trabalham com pesquisa e preservação de animais poderão cadastrar suas iniciativas e pleitear investimentos. Com isto, será possível identificar as ações estruturadas espalhadas pelo território nacional e aquelas que precisam de um novo aporte de capital. “Com esta lista, achamos que será mais fácil conseguirmos apoio. Já temos 90 mil reais em caixa classificados como livre. E cada projeto deve pedir entre 50 e 250 mil reais. Os investimentos menores do que estes valores serão necessariamente disponibilizados para a comissão técnica escolher o seu destino. Agora, caso um doador defina o programa escolhido, terá que arcar com o valor integral”, disse Paz. (Felipe Lobo)

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