A lei antifumo de São Paulo completou essa semana um ano com um saldo positivo não só na saúde do paulistano, mas também ao meio ambiente. Estudo realizado pelo Instituto do Coração (InCor), divulgado ontem (5), mostra que a medida, que na realidade entrou em vigor em 7 de agosto do ano passado, conseguiu reduzir a concentração de monoxido de carbono (CO) em 73,5% nos estabelecimentos. O levantamento foi feito em 700 locais onde o fumo está proibido. Balanço realizado pela Secretaria de Saúde do estado revela que desde a entrada em vigor da lei, 736 estabelecimentos foram multados por desrespeito à norma.
Já que estamos falando de cigarros, resgatamos alguns dados levantados pela Faculdade de Saúde Pública da USP sobre os impactos ambientais do fumo. A lista é grande: 12% das árvores cortadas anualmente no mundo destinam-se à produção de cigarros; para cada quilo de tabaco, usa-se 25 kg de lenha nos fornos de secagem; para 300 cigarros produzidos, é necessário derrubar uma árvore, o que significa que um fumante que consome 30 cigarros ao dia derruba uma árvore a cada 10 dias; o cigarro é o principal agente poluidor de ambientes fechados, segundo a Organização Mundial da Saúde; e, por fim, a poluição de 20 bitucas jogadas no solo é equivalente a 1 litro de esgoto.
Além de São Paulo, os estados do Rio Grande do Sul (RS) e Rio de Janeiro (RJ), e as cidades de Curitiba (PR), Salvador (BA) e Goiânia (GO), possuem lei semelhante. Segundo relatório da OMS, das 100 maiores cidades do mundo, penas 22 tem leis consideradas duras o suficiente contra o cigarro. (Cristiane Prizibisczki)
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