Este blog já mostrou algumas imagens noturnas feitas do espaço, e retornamos hoje ao tema para mostrar mais alguns exemplos de como nosso planeta é incrível de se observar mesmo quando o sol não o está iluminando. Veja abaixo algumas dessas imagens, divulgadas pelo Observatório da Terra da Nasa.
Tema de uma reportagem recente em ((o))eco, o “flaring” é uma prática das petroleiras que queima o gás que sai junto com o petróleo, jogando fora energia e liberando carbono na atmosfera. Esta foto, feita por um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional no dia 23 de setembro de 2013 mostra como a queima desse gás aparece quando vista do espaço. A foto mostra os campos de petróleo de Zubair, no sul do Iraque. As chamas aparecem ao sudoeste de Zubair, um subúrbio de Basra, como manchas laranja de vários tamanhos. O tamanho e brilho depende do volume do material a ser queimado.
Nesta outra foto feita por um astronauta na Estação Espacial Internacional podemos ver a diferença marcante entre as Coréias do Sul e do Norte. Enquanto a capital da Coréia do Sul, Seoul, brilha intensamente, Pyongyang, a capital da Coréia do Norte pode ser comparado apenas às menores cidades do país vizinho, e as terras ao seu redor se parecem mais com um canal entre os mares Amarelo e do Japão. Esta diferença é ilustrada no consumo de energia per capita nos dois países, com a Coreia do Sul consumindo 10.162 quilowatts-hora e Coréia do Norte apenas 739 quilowatts-hora.
As Olimpíadas de Inverno de Sochi terminaram neste domingo, 23 de fevereiro de 2014. Mas nesta foto feita por um astronauta na Estação Espacial Internacional no dia 10 de fevereiro a chama olímpica ainda estava acesa na Praça das Medalhas, um círculo dourado e brilhante dentro do Parque Olímpico. Sochi é uma cidade Russa com quase 340 mil habitantes perto da fronteira com a Geórgia.
Nesta foto tirada por um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional no dia 11 de dezembro de 2013 podemos ver a conurbação urbana formada pelas cidades de Dubai, Sharjah e Ajman, além de sua vizinha menor Abu Dhabi. Estas cidades dos Emirados Árabes Unidos são banhadas pelo Golfo Pérsico. Os centros das cidades são sempre os pontos mais brilhantes localizados na costa, o que indica que o comércio marítimo tem sido importante para o crescimento dessas cidades.
Esta imagem feita pelo satélite Suomi NPP no dia 1 de Outubro de 2013 foi feita apenas 3 dias antes da lua nova, e em um dia em que a maior parte dos EUA estava livre de núvens. Com isso é possível ver com grande clatreza a malha de transportes do país. Os Estados Unidos têm mais estradas do que qualquer outra nação no mundo, somando impressionantes 6,6 milhões de quilômetros de estradas, cerca de 40% a mais do que a Índia, a país em segundo lugar nesta lista.
Nesta imagem feita pelo satélite Suomi NPP é possível ver, a uma distÂncia entre 300 e 500 quilômetros da costa da Argentina, uma verdadeira cidade de luz bem no meio do Oceano Atlântico. Não há assentamentos humanos lá, nem incêndios ou poços de gás. Mas há uma enorme quantidade de barcos de pesca. Esses pescadores noturnos estão à procura da Illex argentinus, uma espécie de lula. Elas são encontradas naquela região devido aos abundantes nutrientes e plâncton trazidos pela Corrente das Malvinas. Os pescadores iluminam o oceano com lâmpadas potentes que atraem o plâncton e espécies de peixes dos quais as lulas se alimentam. As lulas seguem sua presa em direção à superfície, onde eles são presaS fáceis para os pescadores. No Atlântico Sul, a Argentina e as Malvinas têm direitos exclusivos de peixe até 320 quilômetros da costa. As imagens sugerem que navios de outras nações trabalham o mais perto possível dessa fronteira para puderem se aproveitar da pesca de lula.
Nesta foto feita por um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional no dia 26 de julho de 2013 parece que a Arábia Saudita está em chamas, mas na verdade são apenas núvens sobre as iluminadas cidades de Abha e Khamis Mushait. No alto da imagem é possível ver também Meca, considerada a cidade mais sagrada para a religião islâmica.
Esta imagem feita pelo satélite Suomi NPP no dia 15 de julho de 2012 é possível ver a aurora austral, ou “luzes do sul,” sobre a costa da Antártica. A imagem foi capturada pelo sensor VIIRS, que detectou as emissões de luz visíveis auroras como partículas energéticas que se precipitaram da magnetosfera da Terra até os gases da atmosfera superior.
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