Reportagens

As pedras da devastação

Imagens da ocupação no final dos anos 70 mostram o que hoje parece peça de ficção: floresta onde agora só existe pastagem. O corte começou com pioneiros do Sul atrás de diamantes.

Redação ((o))eco ·
4 de agosto de 2008 · 16 anos atrás

Numa cidade em que as faculdades particulares propagandeiam a existência de professores em sala de aula como chamariz para novas matrículas, a biblioteca municipal recebe poucos visitantes. Os que se interessam pelo seu acervo não encontram muitos registros em escrito sobre os recém completados 26 anos de emancipação de Juína, no noroeste de Mato Grosso. Felizmente, as fotos revelam de maneira quase chocante os caminhos que fizeram este município hoje constar entre os 36 que mais desmatam a Amazônia Legal, segundo avaliação do governo federal.

A exemplo de muitas outras cidades mato-grossenses que também fazem parte da lista, a história de Juína revela que economia madeireira e da pecuária só tiveram condições de se desenvolver graças à intensa movimentação dos garimpos de diamantes. Dos rios desta região saíram algumas das maiores pedras já exportadas pelo Brasil, num comércio voraz que ceifou vidas e florestas.

 

 

Leia também

Salada Verde
24 de maio de 2024

Comissão da Câmara aprova projeto que aumenta pena para crime ambiental na Amazônia

Proposta também inclui penalização de servidores e agentes públicos que se omitirem diante de tais crimes. Ascema vai avaliar conteúdo do texto

Notícias
24 de maio de 2024

Desastres ambientais afetaram 418 milhões de brasileiros em 94% das cidades, diz estudo

Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que cada brasileiro enfrentou, em média, mais de duas situações de desastre entre 2013 e 2023

Salada Verde
24 de maio de 2024

A despedida da flor-de-maio 

A bela floração dessa espécie endêmica da Mata Atlântica dura de 15 a 20 dias e ocorre somente uma vez por ano

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.