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Para garantir isso, o Brasil está negociando para que todos se comprometam e implementem suas promessas feitas em Copenhagen e Cancún. “Se todos trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020”, afirma (leia o discurso na íntegra).
Nesse sentido, o embaixador Luiz Alberto Machado, negociador-chefe do Brasil, reafirmou o seu otimismo de que não haverá um vácuo de ações contra as mudanças do clima até a próxima fase de Quioto, pois revela que as conversas estão evoluindo e que todos os países estão dispostos a se comprometer com suas metas dos acordos anteriores até a próxima década. Ele declara que o Brasil está negociando seriamente como será esse instrumento legalmente vinculante para a segunda fase e que para efetivá-lo seria interessante os países amadurecerem as perspectivas com seus congressos, a fim de não haver vetos posteriores.
As negociações seguem até amanhã, quando deverá haver a elaboração do texto final da COP17.
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num país de faz de conta, por mais deploráveis que sejam as iniciativas de algumas casas legislativas estaduais, e dos próprios especuladores, criminosos ambientais, que surfam na esperança da impunidade, a lentidão da justiça apenas reforça a sensação dessa impunidade. Enquanto o Brasil não se tornar um país sério, em que as leis e a constituição são para valer, as lamentações dos ambientalistas, como eu e outros, serão inócuas. Triste e desanimador reconhecer essa realidade, que favorece aos que causam danos ao meio ambiente. Privatizam-se os ganhos às custas dos estragos ao meio ambiente – perda de todos – socialização dos prejuízos…