![]() |
Quem quer edificar seu futuro em pilares sustentáveis precisa investir em estruturas que permitam a cidade crescer e ainda assim, se manter ecológica. Consciente disso, a prefeitura de Vancouver se preocupa com ferramentas que correspondam ao crescimento populacional ao mesmo tempo em que atendam as metas para se tornar a cidade mais verde do mundo. As green buildings são uma das apostas da cidade para garantir seu desenvolvimento sustentável.
O conceito de green buildings foca principalmente na maior eficiência do uso de energia, água e materiais, para aumentar o aproveitamento e evitar desperdícios; e em reduzir os impactos ao meio ambiente sem reduzir o bem-estar dos moradores da construção. Como órgão certificador desse tipo de prédio, surgiu o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). A LEED é uma ferramenta para medir o nível de sustentabilidade de uma construção, reconhecida à nível internacional, que certifica os merecedores numa escala: Silver, Gold e Platinum, sendo este último a mais alta posição possível.
O LEED leva em conta sete categorias para avaliar uma edificação. São eles: espaço sustentável, eficiência no uso da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental interna e créditos de prioridade regional. Ou seja, são relevados aspectos como o respeito ao ecossistema durante a implementação do edifício, uso consciente da água e da energia, a eficiência energética, o uso de materiais recicláveis ou reciclados e a geração de resíduos. Essa soma dá o resultado que a cidade de Vancouver espera para 2020, a redução em 20% do uso de energia e das emissões de efeito estufa em residências, comparada aos níveis de 2007.
![]() |
Para garantir que seu futuro será construído com selo verde, Vancouver decretou em julho de 2010 que todas as novas construções necessitam preencher ao menos os quesitos de prédios industriais com certificação de ouro da LEED. E esticando o olhar ao horizonte, exigirá a partir de 2020 que todos os prédios construídos sejam neutros de carbono em operações.
Em 2010, foi construído em Vancouver o primeiro prédio residencial do Canadá que gera toda a energia que necessita por conta própria. Para tal, os padrões normais de consumo de eletricidade foram reduzidos com medidas que levaram em conta o acesso à luz solar, o sombreamento e a ventilação natural. Um sistema de recuperação de calor e placas de energia solar garante a água quente. Além disso, os moradores foram estimulados a diminuir o uso de energia, com medidas simples que evitam o desperdício. O esforço foi premiado com a certificação mais alta da LEED, Platinum.
Apartamentos com paredes externas envidraçadas garantem o máximo aproveitamento da luz do dia – que durante o verão em Vancouver vai até às dez da noite. E as janelas abertas permitem que as correntes de ar natural substituam o ar condicionado. Telhados literalmente verdes, com grama e árvores, também colaboram para manter o prédio fresco. “Não há lugar como o nosso lar”, ensina a sabedoria popular, nada mais adequado, então, do que fazer que a casa de cada indivíduo respeite o grande lar que é o planeta Terra.
Leia também

Licuri, a coroa da Caatinga
O licuri consegue florescer onde há pedra, calor e pouca água. É ali, nessa terra de sol imenso, que se tornam visíveis os detalhes de sua grandeza →

A resposta está nos genes: projeto faz da genética aliada da conservação
Projeto pioneiro no Brasil investe em tecnologia e capacitação para que a genética seja usada em prol da conservação, monitoramento e manejo da biodiversidade brasileira →

Cientistas de 27 países pedem que COP30 avance na agenda da eliminação dos fósseis
“Seja o líder climático que o mundo precisa”, dizem mais de 250 cientistas, em carta endereçada ao presidente Lula →