Mauricio Andrade já fotografava antes de se encantar pelo fundo do mar. Ele começou a mergulhar em 1986 e logo descobriu uma segunda paixão capaz de rivalizar com a que já tinha pela captura de imagens. Em 1994, juntou as duas, levou uma câmera para debaixo d’água e descobriu o potencial estético e documental do universo sub-aquático, com formas e cores que não se viam em terra firme. Não demorou muito para transformar o que era parte hobby, parte trabalho, na sua profissão. No início, fotografava com uma câmera anfíbia. Mas a necessidade de captar com qualidade cada vez melhor o levou a investir num sistema SLR (Nikon F100). Usava filme Provia 100. Hoje fotografa com um sistema DSLR (Nikon D100). Suas lentes favoritas são a Nikkor 105mm micro e a Nikkor 60mm micro – eventualmente acopladas à um teleconversor 2x para amplificar ainda mais os detalhes.
Como qualquer fotógrafo de natureza, seu maior desafio desta técnica é ir aonde é preciso para fazer suas imagens. Já gastou alguns milhares de dólares, por exemplo, indo ao Mar Vermelho, no Egito, atrás de um nudiobranquio endêmico (molusco multicolorido) ou de um peixe-palhaço. Em geral, carrega muito peso numa expedição dessas. Às vezes, todo o material junto chega a pesar 50 quilos. Mas, como Andrade mesmo diz, a boa macro-fotografia independe da distância percorrida pelo fotógrafo. Tem muito mais a ver com a distância que ele fica de seu objeto – às vezes menos de 5 centímetros. Mesmo na costa Sul do Brasil, onde a visibilidade não é tão boa, assim tão de perto é possível fazer ótimas imagens.
Do equipamento atual que ele leva para dentro d’água pazem parte uma Nikon D100 em caixa estanque de alumínio, da marca Aquática, e lentes Nikon 105mm micro, Nikon 60mm micro, Nikon 16mm fisheye, Nikon 10,5mm fisheye, Sigma 12-24 EX e teleconversor Tamron 2x. Seus flashes são da linha Sea&Sea YS350 e YS90. Dá para conhecer mais sobre seu trabalho (www.pbase.com/mandrade) e equipamento (www.pbase.com/mandrade/photogear) fazendo uma navegação virtual pela Internet.
Leia também
Em reabertura de conselho indigenista, Lula assina homologação de duas terras indígenas
Foram oficializadas as TIs Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT); representantes indígenas criticam falta de outras 4 terras prontas para homologação, e Lula prega cautela →
Levantamento revela que anta não está extinta na Caatinga
Espécie não era avistada no bioma havia pelo menos 30 anos. Descoberta vai subsidiar mudanças na avaliação do status de conservação do animal →
Lagoa Misteriosa vira RPPN em Mato Grosso do Sul
ICMBio oficializou a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Lagoa Misteriosa, destino turístico em Jardim, Mato Grosso do Sul →